quarta-feira, 21 de maio de 2008

Estávamos eu e marido sentados na sala ontem de noite, assistindo o Toma Lá, Dá Cá, quando ouvimos um barulho vindo do andar de cima. Ignoramos.
Da segunda vez, não deu pra não comentar. Perguntei: "temos vizinho no andar de cima?". Ele disse: "acho que não, mas vamos lá verificar.". Decisão muito sensata, visto que moramos numa casa, e se tivesse alguém em cima, estaria no nosso quarto...
Subimos a escada com medão... ele chegou primeiro... só ouvi o "ah, não!!!". Momentos de tensão!!! Em seguida, a explicação: " a porta do quarto ficou aberta, e a janela do banheiro também..."

Pausa para a explicação matemática:
porta do quarto aberta + janela do quarto aberta = Jorge Amado no telhado.
Beleza, 11 da noite, nós dois moídos da aula de yoga, e o gatou subiu no telhado. PQP!!!
Quer dizer, ele desceu, porque ele pula pra cima do telhado do quarto de baixo. O problema é que ele não sabe pular dali de volta pra janela, e nem dali pro chão. Ele não fez esse curso.
O outro problema é que não temos em casa uma escada, pra alcaçar ele pelo beiral do telhado. Como já estamos ficando experts em tirar ele de lá, empilhamos um banquinho em cima de uma cadeira, e o marido, que é mais alto, subiu pra pegar ele.
Seria fácil, se ele quisesse descer... mas ele tava achando divertidão ficar lá. Vocês não imaginam como é difícil tirar de cima do telhado um gato que não quer descer do telhado...
Diante da dificuldade, resolvemos entrar e terminar de ver o programa, na esperança de que ele cansasse de ficar lá e colaborasse na próxima tentativa. Mas não... a noite tava bonita, tava fresquinho... ele ia descer pra quê? Nova desistência.
Confesso que nessa hora pensei em ir dormir e deixar o bicho lá, pra ver se ele aprende a não fazer mas isso. Mas meu coração de mãe falou mais alto. Pensei até em chamar os Bombeiros... desisti logo... o quartel mais próximo fica a uma balsa de distância... ia demorar pacas... isso se tivesse algum bombeiro de plantão disposto a tirar um gato do telhado àquela hora da noite. E o marido lembrou bem... não tínhamos Vono em casa pra oferecer pra eles...
Eis que o marido sugere: então eu vou subir no telhado e tirar ele de lá.
Pronto: o que eu faço com um marido e um gato em cima do telhado??? E se ele caísse de lá??? Mas como eu não tive uma idéia melhor, tive que concordar. Na hora morri de medo, mas agora lembrando posso dizer... foi engraçado ver ele compridão se contorcendo pra passar pela janelinha do banheiro... e viva a aula de yoga!!!
A partir daí foi fácil... ele pegou o gato, passou pra mim pela janela, eu pensei em fazer um churrasquinho e um tamborim com ele... mas já era tarde, fica pra próxima... pra próxima mesmo, porque não tenho dúvida de que da próxima vez que a gente esquecer a janelinha aberta, ele vai pular de novo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A morte do Superman

Tudo mundo que recebe a notícia de que mudei pra Arraial fala coisas do tipo "Ai, que inveja", ou "Vai morar no paraíso". Não vou dizer que estão errados. Corrigindo... inveja é feio, mas eu entendo o sentimento. Muitos queriam estar no meu lugar.
Mas eu queria dizer pra vocês que, apesar de a cidade ser linda, as pessoas serem muito legais , exceto minha vizinha, que não diz nem oi pra mim, O PARAÍSO TAMBÉM TEM DEFEITOS!!!
Lembrei agora do dia em que o Christofer Reeve morreu. Tinha um programa de rádio. Acho que era a Rádio Cidade, ainda. O esquema era o seguinte: um espírito-de-porco ligava pra rádio e dava o telefone de um amigo (?!). Aí os caras da Rádio inventavam um trote e ligavam pro coitado. Nesse dia foi uma criança a vítima. Foi a tia que deu o telefone (Alexandre nardoni perde...). resumindo, os caras ligaram pro garoto e disseram: "O super-homem morreu. E quer saber, agora vou falar: o coelhinho da páscoa não existe. O Papai Noel também não.".
Que crueldade, né... até hoje fico imaginando a cara da pobre criança. Deve ser parecida com a de vocês, leitores, quando digo que sim, O PARAÍSO TAMBÉM TEM DEFEITOS!!!
De vez enquando vocês vão ler aqui a respeito destes defeitos... hoje é só o começo (imaginem agora uma risada de bruxa-má-do-desenho-da-branca-de-neve... a propósito, ela ria? Senão imaginem outra gargalhada sinistra, e não me perturbem).
Enfim, o defeito do dia é: CORREIOS
Vocês já imaginaram um lugar onde o carteiro não chega? Pois então... é a minha casa. Não sei porque, mas os amarelinhos se recusam a vir aqui. E olha que eu nem tenho cachorro.
Aí vocês vão me dizer: ah, não reclama, aluga uma caixa-postal...
hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha
Eu alugaria... se tivesse. Mas não tem... Isso, meus caros, é Arraial d'Ajuda.
Um lugar onde não tem caixa-postal disponível para alugar. Quando fui comunicada deste fato, me senti no"Além da Imaginação".
Por sorte, o dono da rua em que eu moro é um cara muito legal, e recebe a correspondência de todos na caixa-postal dele. Mas infelizmente o fato de ele ser muito legal não resolve todos os meus problemas. Porque pra ele me dar minhas cartinhas, a moça do correio tem que colocar a cartinha na caixa postal dele. E A MOÇA DO CORREIO É UMA BURRA!!! Gente, como é bom escrever isso! Vou escrever de novo, espero que ela não leia, pra não se ofender... A MOÇA DO CORREIO É UMA BURRA!!!
Não é implicância minha não... fui lá outro dia, pra ver se tinha chegado uma conta que eu tinha que pagar no mesmo dia, e que não tinha chegado na caixa-postal. Falei com a moça o que queria. Aí ela pediu pra eu esperar um pouquinho. pra quem tinha ficado meia hora na fila, esperar um pouquinho não é nada. Tudo bem.
Ela tava guardando umas moedas que tavam no caixa. Só que a coleguinha dela veio atrapalhar. Pediu pra ela trocar R$10, mas aproveitar pra descontar R$3,50 que eram dela (da burra, não da coleguinha). Vocês não imaginam quanto tempo levou pra ela concluir que tinha que devolver R$6,50, e quantas notas e moedas eram necessárias pra isso. Eu tava quase me metendo, mas resolvi não falar nada pra não complicar.
Passada esta etapa, ela foi cuidar do meu problema. Perguntou meu nome, e o nome da empresa que tinha mandado a carta. Eu disse Daniele... e Klabin Segall, respectivamente. Aí ela foi procurar a carta na letra Q. Tudo bem, ela não é obrigada a saber que Klabin é com K. Mas procurar no remetente????
Respirei fundo pra não ser grossa, afinal não quero destoar das pessoas gentis daqui... tentei explicar pra ela que Klabin é com K, mas que ela deveria procurar no destinatário. Acho que ela não sabe o que é destinatário... porque ela foi procurar na letra K. Ou será que Daniele é com K??? Nova tentativa... sugeri que ela procurasse na letra D, de Daniele. Ela entendeu e foi lá. Mas não achou minha pobre cartinha.
Até hoje não recebi o diabo da carta. Ainda bem que existe internet (esse pode ser o defeito comentado no próximo post, aguardem), e consegui receber a conta pra pagar com atraso sem multa... mas fico pensando que ela deve estar lá, na agência, me esperando, junto com todas as outras cartinhas que a moça burra não acha...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Perigo na pista!

Morar em cidade pequena tem uma grande vantagem: não tem trânsito.

Não é que não tem engarrafamento, é que quase não tem carro na rua mesmo. Você pode andar alguns quilômetros sem cruzar com outros carros. Já bicicletas, pedestres e cachorros tem aos montes, sempre no meio da rua. Mas como eles geralmente não querem morrer, uma buzinada basta pra abrir o caminho.

Diante desta condição muito favorável, estava aproveitando para desenvolver minhas habilidades (?!) de motorista (?!).

Outro dia mesmo, como amanheceu chovendo, marido resolveu não ir de bicicleta pro trabalho, e teve a brilhante idéia de me pedir pra levar ele na balsa. Então tá... se ele tem essa coragem, porque* eu não vou ter?

E lá fomos nós... andamos uns 10 metros até a estrada, e eu, muito esperta, fui dar uma breve paradinha pra ver se vinha carro... vinha, dos 2 lados, e eu tava NO MEIO DA PISTA, VÉI!!!** Coitado, marido tava transparente, porque branco ele ja é naturalmente. Mas esse foi só o 1o susto.

Depois ele descobriu que eu tenho um defeito... minha mão sempre acompanha minha cabeça... isso quer dizer que se eu estiver numa reta, e olhar pra lojinha que está à esquerda, o carro vai pra esquerda... não precisa nem comentar sobre a cor do marido nessa hora, né... ele só lembra do lindo muro de hera que ele viu na frente dele.

O fato é que, coincidência ou não, no momento estou proibida de dirigir o carro. Segundo ele, o chefe proibiu, porque o carro é alugado no nome da empresa, e nenhuma pessoa que não seja funcionário da empresa pode dirigir. Sei... o chefe, né...


* eu não sei usar os porquês... quem souber, me manda as regrinhas por e-mail
** piada interna

terça-feira, 13 de maio de 2008

Medo!

Espero que o Jorge não coma o passarinho...

Os prós

Hoje almocei na varanda. Tinha um passarinho bonitinho no gramado. De uma espécie que eu sempre via na Lagoa e ficava encantada. Nunca imaginei que ia ter um desses no meu gramado. Quer dizer, eu nunca nem achei que ia ter um gramado... tá certo que o gramado não é meu, é alugado. Mas quem se importa??? Morram de inveja, mortais!!!!!!!!!!!! Tem um passarinho no meu gramado!!!!