sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ué? E a Lei Áurea?

A relação de uma mulher com sua manicure é uma coisa que um homem nunca vai ser capaz de entender.
Só uma mulher sabe como é difícil encontrar uma que deixe as unhas exatamente como ela gosta, com a cutícula tirada no ponto certo, sem farpinhas. Que pinte de uma maneira que o esmalte dure a semana inteira, e que sempre tenha à disposição aquela cor que você tanto quer, por mais exdrúxula que ela seja.
Por isso, quando a gente encontra essa pessoa, a gente cuida bem dela, elogia, dá presente. E ai de quem se atrever a fazer mal a ela.
Pois bem, eis que semana passada eu chego no salão e "minha" manicure não está. A dona do salão disse que ela foi embora. Incompatibilidade de gênios foi a justificativa. Estranho, ela trabalhava lá há 3 anos, e só agora deu incompatibilidade? Fiquei triste, mas a substituta era boa também, e fiquei satisfeita.
Até ontem, quando encontrei a ex na rua. Aí ela me contou o motivo da incompatibilidade. Acontece que em novembro ela deu à luz o décimo filho (isso mesmo, décimo!!!), que na verdade é uma menina. Dez dias depois, ela já estava de volta ao trabalho. Pensei que a sujeita era maluca, mas ela disse que não aguenta ficar em casa parada, e eu não dei mais palpite. Só não entendi como uma pessoa que tem tantos filhos pode ficar em casa parada. Deve ter trabalho à beça pra fazer. Mas o fato é que ela estava trabalhando e pronto.
Só que essa maluquice dela rendeu uma infecção, e no meio de janeiro ela teve que ir ao médico. No dia da consulta, tinha cliente marcada, e a dona do salão não queria dispensá-la. Ela disse que tinha que ir, e foi. Quando voltou, já tinha outra trabalhando em seu lugar, no melhor estilo "Faroeste Caboclo". Foi simples assim... ela foi ao médico, e perdeu o emprego. Emprego não, trabalho, porque emprego mesmo tem carteira assinada, licença maternidade, férias remuneradas, dispensa médica, essas coisas.
Quando eu ouvi isso, me deu uma revolta tão grande! Fiquei com vontade de ir no salão e dar uns tabefes na dona. Isso é coisa que se faça???? Eu não vou compactuar com isso. Quero ir pro céu. Peguei o telefone da manicure, e agora ela vai me atender na minha casa.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Olha o passarinho!

A gente olha pra um passarinho, e só pensa coisas meigas, né? Tipo: ai que fofinho, ai que bonitinho, e por aí vai...
A gente nunca pensa, automaticamente, que o bicho é doido, maconheiro, chapadão e afins... Mas os fatos dos últimos 3 dias me fizeram mudar meu modo de ver as pequenas aves. Vou contar.
No sábado pela manhã eu e marido estávamos ainda deitados fazendo coisas que vocês não precisam saber ( e estão proibidos de imaginar) quando fomos surpreendidos por um barulho estranho. Uma batida na janela. Ele levantou para olhar e não viu nada. Outra batida, outra levantada, e nada. Esquecemos do assunto.
Até o domingo de manhã. Quando o dia clareou, e aqui o dia tem o péssimo hábito de clarear muuuuuuuito cedo, fomos acordados pelo mesmo som estranho. Mas desta vez nós conseguimos entender o que estava acontecendo: um passarinho mutcho loco estava se debatendo contra o vidro. Ele ia lá, se debatia por alguns segundos, depois sumia, passavam-se alguns minutos, e ele voltava, se debatia, sumia etc etc etc
Ele ficou nisso por horas, e nós, sem entender nada e sem vontade de sair da cama cedo, nos acostumamos ao barulho, e voltamos a dormir.
E o que vocês acham que aconteceu hoje às 5 da manhã???? Então... lá veio ele. Eu não sabia se ria, se chamava a carrocinha, ou um psicólogo de animais. Confesso que me passou pela cabeça também dar um tiro no desgraçado do bicho, porque às vezes, só às vezes, eu sou uma pessoa má. Cheguei a pensar que era algum tipo de pegadinha, ou que ele apostou com os amiguinhos que conseguiria nos enlouquecer em 3 dias. Talvez ele estivesse apenas querendo nos contar alguma coisa importante.
Mas não consegui chegar a nenhuma conclusão. E também não precisei tomar nenhuma atitude radical, porque meu marido, que é um gênio, teve uma idéa brilhante! Ele resolveu improvisar um espantalho! Eu, que nunca tive familiares fazendeiros, como os dele, nunca ia ter uma idéia dessa. Muito menos iria imaginar que qualquer rosto, mesmo numa revista, poderia servir.
Ele pegou as primeiras revistas que viu pela frente: TPM da Cláudia Abreu, Marie Claire da Giovanna Antonelli, e Carta Capital do Daniel Dantas. Coitadas das moças, vão ficar deprimidas se souberem que viraram espantalhos. O Daniel Dantas nem tanto, ele já deve estar acostumado. Acho até que foi a foto dele que realmente assustou o bicho. Só sei que o efeito foi imediato. O passarinho maluco não voltou mais, e pudemos dormir em paz. Por via das dúvidas, vamos deixar as revistas na janela por mais uns dias.