quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Moranguinho e sua turma

Eu acho legal essa onda metrossexual que fez os homens começarem a se cuidar.
Admiro os que passam creme no rosto, têm shampoos especiais para cabelo assim e cabelo assado, e não dispensam um bom perfume.
Mas tudo nessa vida tem um limite!!!
Não pode marmanjo besuntado de loção Victorias's Secret de Morango com Champagne, ou de Pêra com Chantily. Isso não é firme.
E o pior é que a moda tá pegando. Primeiro foram os jogadores do Fluminense. Tá certo que ninguém nunca esperou muita masculinidade dos jogadores do Fluminnese, mas isso é ridículo!
Domingo eram os 3 marmanjos no avião. Roupinha de pagodeiro fashion... óculos escuros na cabeça... combinando de tomar mais uma cerveja quando chegassem a Porto Seguro... azarando as lourinhas do banco de trás... de que adianta tudo isso, meu Deus, se eles estavam fedendo a morango com champagne!!!!???? Será que alguma mulher leva a sério um homem com cheiro de balinha????

domingo, 14 de dezembro de 2008

No subúrbio do Arraial

Finalmente, depois de 2 semanas de chuva, o sol lembrou que a Bahia existe!
Me sinto até culpada de reclamar tanto, afinal, a coisa lá no Sul foi bem feia. Aqui não aconteceu nenhuma desgraça.
Mas eu sou carioca, e como diz a Adriana Calcanhoto: "cariocas não gostam de dias nublados". Deprimi, mofei. E o sol apareceu numa 3a feira, dia de trabalho, não deu pra ir à praia.
Mas eu tava precisando tanto de um solzinho... até que na 5a, me dei conta do óbvio: eu tenho um gramado imenso, onde bate sol o dia inteiro. E tem um chuveirão nos fundos da casa. Não deu outra, na hora do almoço, coloquei meu biquini, e estendi minha canga. 30 minutinhos de sol fazem milagre.
Pena que eu descobri que o chuveirão é alimentado pela água que vem direto da rua, ou seja, não funciona quando eu quero, só quando a Embasa quer. Então meu sangue suburbano falou mais alto: banho de mangueira! Todo suburbano já tomou um banho de mangueira no quintal quando era criança! Então tá resolvido, vou comprar uma mangueira, e tornar um hábito pegar um solzinho na hora do almoço.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Não vai parar de chover nunca mais????

Segundo o Climatempo, não.
A previsão é de tempo ruim até pelo menos o dia 14, totalizando 4 semanas de chuva sem sair de cima.
O pior é que tá friozinho. Surreal isso. Eu, passando frio, na Bahia, em pleno mês de dezembro.
Imagina a quantas anda o mofo nessa casa. Até o palito de fósforo mofou!!! Eu, se não florescer, vou mofar também daqui a pouco.
A horta, coitada, tá se afogando, as toalhas não secam, os comerciantes estão no maior prejuízo. A única coisa boa disso tudo é que o gramado tá bem verdinho.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Eu acho que vi um gatinho


Quem vê essa gatinha toda meiga enfiada embaixo do edredon não consegue imaginar as cenas de terror que esta casa viveu recentemente.

Acontece que essa ex-menina de rua teve que caçar para sobreviver por um bom tempo. E, bem, parece que ela gosta disso. Eu até consigo entender, mas precisava ela ter ensinado o Jorge, meu gatinho-da-mamãe, criado em apartamento, com ração super-premium, a caçar passarinho???????????????????????????????

Outro dia eu estava trabalhando quando ele entra no escritório, todo saltitante, com um passarinho se debatendo na boca. Eu nem sei se eu gritei ou fiquei estática, só sei que fiquei chocada, e expulsei ele.

Poucos dias depois, quando eu já tinha superado o trauma, me deparo com um corpo estendido na sala. Até hoje não sei quem foi o culpado. Recolhi o corpo, e fiquei chocada de novo.

O terceiro choque foi quando via a Zélia se divertindo com um pobre coitado, que também se debatia dentro da boca dela.

A última foi quando ouvi um barulho de coisas caindo na sala. Fui ver o que era... encontrei o Jorge derrubando coisas sobre o móvel da TV pra tentar alcançar mais uma vítima que se debatia contra um vidro, perto do telhado. Segurei a fera, e gritei pelo marido. Até conseguir prender ele no quarto pra livrar o passarinho, levei mordidas e patadas, e saí toda lanhada. Mas valeu a pena. Acho que este sobrevivente conseguiu avisar todos os seus coleguinhas sobre o perigo que é sobrevoar esta região, porque já faz um tempo que não temos vítimas.

Vamos estar te irritando

Estão fazendo o maior auê sobre o início da vigência da nova lei que regulamenta os serviços de atendimento ao cliente.
Pena que não criaram também uma lei proibindo a contratação de gente irritantemente burra para estes serviços... mesmo que nos atendam em 1 minuto, ou que cancelem nosso serviço rapidinho, quem vai nos defender dos diálogos surreais como esse:

Marido: Eu queria que vocês atualizassem o meu endereço, porque não estou recebendo a conta. (Será que a culpa é da moça burra do Correio?????)
Atendente Oi celular: Eu preciso que o senhor esteja me enviando um comprovante de residência. Pode ser por e-mail ou por fax.
Marido: Ok, então vou mandar a conta de telefone fixo da Oi (surreal, não? não é a mesma empresa????). Pode ser em PDF?
Atendente Oi celular: Senhor, não podemos estar recebendo contas por PDF. Por favor envie por e-mail.

Sei não, mas acho melhor ninguém comentar...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Viajar di grátis é assim

Nos últimos 10 dias consegui a façanha de entrar em 10 aviões!!! Teve avião de todo tipo: grande, pequeno, teco-teco, hidro-avião...
E decola, e pousa, e come barrinha de cereais, e come comidinha de avião, e assiste seriado importado...
Isso tudo porque o escritório em que trabalho foi contratado para fazer o projeto de iluminação de um shopping no Canadá... não somos podres de chiques???
E lá fui eu, passar mais horas voando do que em terra. Minha pele ressecando, dormindo pouco, e sem tempo de fazer turismo. Nem foto eu consegui tirar, porque só tive tempo de comprar uma câmera decente no último dia, quando consegui 3 horinhas para passear no centro de Toronto, arrastando minha mala.
Em Vancouver, fiquei num hotel que era um ixpetáculo, e não tive tempo nem de tomar um banho de banheira... mas claro que eu trouxe todos os creminhos e shampoos disponíveis no quarto, porque pobre adora um brinde...
Como o vôo da volta foi cancelado, ganhei uma noite no Hilton perto do aeroporto, onde fiquei apenas 5 horas, comi um sanduíche de queijo e presunto a título de jantar, e saí sem café da manhã. Ô desgraça... só assim pra eu poder me hospedar num Hilton. Como a mala teve que ficar no aeroporto, não tinha nem graça tomar um banho de banheira ali... pra colocar a mesma roupa depois?
Pra completar a epopéia, quando finalemente consegui chegar em SP, não tinha mais vôo para o Rio, e tive que dormir por lá. Infelizmente os hotéis perto do aeroporto de Guarulhos não são tão chiques quanto os do aeroporto de Toronto. Esse nem banheira tinha.
O saldo da viagem:
- 4 noites em 4 hotéis diferentes, sem nenhum banho de banheira (uma obcessão, como podem perceber)
- mais ou menos 40 horas voando e incontáveis horas de espera, e apenas 1000 milhas acumuladas no programa de fidelidade
- muitas horas enrolando a língua com meu inglês CCAA
- um voucher de 75 dólares canadenses a título de compensação pelo vôo cancelado, mas que só podem ser usados num vôo da Air Canadá. Alguém quer?
- creminhos e shampoos do hotel chique de Vancouver
- chocolatinho do hotel de Vancouver
- chocolatinhos do Free-shop para dar de lembrança
- 1 pote de creme da Body Shop jogado no lixo ao passar pelo raio X em Toronto porque eu esqueci de despachar com a bagagem
- 1 camiseta e um chapeuzinho ridículo de um time de Hóquei canadense que eu ganhei num evento que acontecia numa praça
- 1 camiseta, 1 caneca e 2 copinhos de cachaça, com ursos estampados, porque de Alce o marido ia se recusar a receber
- muito trabalho para revisar antes de sair de férias
- uma saudade enorme do marido

Apesar de tudo foi uma experiência ótima, e se alguém quiser me contratar pra fazer projetos em outros países, estou à disposição...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

É fogo...

Ontem meu marido chegou em casa esbaforido, dizendo que tava pegando fogo numa área verde aqui perto de casa. A 1a coisa que ele fez foi ligar pros bombeiros, que informaram que já havia uma equipe no local, e outra estava a caminho.
Pra mim, já estava tudo resolvido. Os bombeiros estão lá, não preciso mais me preocupar.
Mas nããããããããão... assim ia ser fácil demais...
Eu devia saber que onde existem plantinhas em perigo, existe um engenheiro florestal disposto a salvá-las... e lá foi ele. Isso mesmo... meu marido, que não é bombeiro nem nada, foi se meter lá naquele incêndio perigoso e malvado. E ele nem perguntou minha opinião!!! Não perguntou porque sabia o que eu ia dizer, claro.
E fiquei eu, em casa, me sentindo a última das criaturas por estar sendo egoísta de não querer que meu lindo marido corresse risco para salvar as plantinhas e evitar uma tragédia maior. Afinal de contas, nós pagamos impostos para que alguém resolva isso por nós. Não precisa meu marido se arriscar... deixa os maridos-bombeiros de outras se arriscarem né...
Mas Deus é muito bom, e mandou uma chuvinha pra ajudar. Em pouco tempo ele estava de volta, imundo, cheirando a fuligem, com as mãos machucadas, e mareado pela fumaça. Nada que um bom banho e uma massagem não pudessem curar.
Fiquei impressionada de saber que vários outros corajosos (ou malucos) foram lá ajudar, inclusive crianças...
Dá vontade de matar o infeliz que provocou o incêndio ao tacar fogo num monte de lixo. O pior é que provavelmente não vai acontecer nada com ele... devia no mínimo pagar uma bela multa, e prestar serviços comunitários. Mas parece que a lei é meio burra, e exige longa prisão e pagamento de multa, aí os juízes ficam com peninha dos pobres-coitados e não fazem nada. Mas isso não tá errado não? Ou cumprem a lei, ou mudam a lei, mas deixar impune uma pessoa que cometeu um crime por pena, porque ele não tem instrução???? Ou será que eu é que tô sendo chata???

terça-feira, 23 de setembro de 2008


Não é por falta de assunto que esse blog anda paradão.
E também não é porque eu entrei em ritmo de Bahia.
É só que uma crise de sinusite sem precedentes está atrapalhando a comunicação entre o Tico e o Teco, e aí fica difícil escrever alguma coisa criativa que possa agradar aos meus 2 leitores.
Por enquanto, tô assim:

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Eu quero meu heliotrópio!

Acho que todo mundo sabe que para cada ano de casamento se comemora uma boda de alguma coisa, conforme uma lista que alguém que não tinha muito o que fazer inventou.
Eu não dava muita bola não, até que uma conhecida me falou que, para ter sorte no casamento, a gente tem que dar um presente dessa tal coisa da lista pro respectivo conjuge. Colocou presente no meio, já me interessei.
No começo até que tá fácil: papel, algodão, perfume... Quero ver quando chegar no 49o aniversário. Boda de Heliotrópio.
Alguém sabe o que diabos é isso? Eu não sabia, mas perguntei pro google... é uma pedra. Nem é muito bonita não. Dizem que é boa para a circulação, e é usada em tratamentos contra a Aids.
Só quero saber onde vamos encontrar isso daqui a 47 anos para dar de presente um pro outro... Vou começar a procurar já, que é pra não correr o risco de passar a ter azar depois de tanto tempo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Só pode ter sido o Ruivo Hering!


Quem revirou a lixeira em busca do pedaço de frango?
Quem fez cocô sobre a mesa da varanda da vizinha?
Quem estava cantando desafinado durante a noite?
Só pode ter sido ele, o maquiavélico Gato Amarelo!
Ele é tão mau, que tenta jogar a culpa nos outros, atraindo o Malhado para junto da lixeira, e imitando o miado do Gato Emo... mas ele não nos engana.




sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Valha-me Nossa Senhora!

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

(Renato Teixeira)

Hoje é feriado no Arraial. Dia da padroeira Nossa Senhora d'Ajuda.
Coisa séria. Desde o fim da semana passada a cidade recebe romeiros. Dizem que tem gente que vem à pé de outros municípios e que tem gente que vem sem ter onde ficar e toma banho no santuário. Tudo em nome da fé. E para agradecer pelos milagres alcançados, e para fazer pedidos... sei lá... sei que vem gente pacas...
O campo de aviação está irreconhecível. Barracas mil, parque de diversões, forró 24h, fogos de artifício.
Acho muito interessante essa coisa de romaria. Eu não sigo nenhuma religião, mas fico emocionada de ver as pessoas tão devotadas, mobilizadas em torno de uma imagem e de uma história.
Infelizmente não vou poder participar da procissão hoje, porque estou a caminho do Rio, mas acompanhei a mini-procissão de 4a feira passada e fiquei feliz.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

E a culpa, de quem é?

Aqui no Arraial tinha um restaurante de comida à quilo muito bem localizado, com uma comida bem gostosa, e muito barato. O único problema é que o lugar era feio, feio, feio.
Um dia, o dono do restaurante teve uma idéia muito boa: se eu contratar um arquiteto e fizer uma reforma, ele vai ficar bonito, e eu vou faturar muito mais.
E assim ele fez. Contratou o arquiteto que fez um projeto bem bonito. Eu vi o projeto, tava bonito mesmo. O arquiteto estava empolgado, afinal, com aquela ótima localização, ia ser uma ótima vitrine pro trabalho dele. Ele até me pediu uma proposta, pra fazer uma iluminação bem legal. Mas o dono não quis me contratar não. Não estava disposto a investir muito.
O restaurante fechou por uns meses. Demoliram tudo e fizeram tudo novo. A cidade estava curiosa pra saber o que ia sair dali.
No final do mês passado, o mistério acabou. Para decepção de todos. Porque o lugar ficou feio, feio, feio, e quente.
Eu almocei lá, e não aguentei ficar dentro. Fui sentar do lado de fora, mas estava sol. O único lugar na sombra era vizinho da assadeira do frango. Foi onde eu sentei.
A sensação de todos é de que o cara gastou dinheiro à toa. Pra fazer aquilo, era melhor ter deixado como estava.
Eu, que conheço o arquiteto, e vi o projeto, sei que não era pra ser nada daquilo. O restaurante tem as janelas fixas, porque era pra ter ar-condicionado e não tem. Resultado: calor infernal. Era pra ter um pergolado e um jardim do lado de fora, e não tem. Resultado: mesas no sol. Era pra ter uma parede de pedra e um letreiro legal e não tem. Resultado: a fachada ficou feia. Toda a circulação interna funciona diferente do projetado. Quem sai como a comida cruza com quem vai pagar. Resultado: caos. Fora vários outros problemas.
O problema é que eu sei disso, o arquiteto sabe disso, mas o resto do povo todo não sabe disso. Resultado: a culpa é do arquiteto. Foi o que eu ouvi uma senhora dizer. E é o que eu acho que todos devem estar pensando. E não adianta tentar defender o arquiteto não, porque ninguém quer entender que se o projeto não é executado como deveria, não tem como ficar bom.
Azar o do arquiteto, que além de ficar deprimido com o resultado, ainda vai ficar mau falado. E sorte a minha que o cara não quis me contratar.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Fogo na periquita

A minha querida Zélia está no cio. Por conta disso, está presa em casa desde a 5a feira passada, depois de uma fuga espetacular com o Gato Amarelo. Não sei o que ele prometeu a ela, porque ela parece apaixonada.
Depois de resolver certos problemas técnicos como evitar que o estrago provocado pelo disgracento do Amarelo gerasse filhotinhos*, eu estava até achando graça. Na 6a feira, quando acordei, o gramado de casa parecia a praia de Ipanema. Lotado pelos gatos da vizinhança. Eles estavam até distribuindo senha. O Gato Amarelo tinha a número 1. Tive a sensação de que se não os expulsasse, ia aparecer um vendedor de Biscoito Globo e Mate Leão. Veio gato até de Trancoso...
O problema é que os dias passam, e mesmo depois de aplicar o anticoncepcional, o cio não acaba. A bichinha passa o dia todo trancada em casa, miando, rolando no chão, se esfregando nos móveis, e se oferecendo pro Jorge. Ainda bem que nosso Jorge é castrado. Só esqueceram de avisar isso pra ele, porque tem horas que ele não resiste e tenta dar uns pegas nela. Isso rende cenas bizarras, totalmente inadequadas para uma casa de família.
Eu, como trabalho em casa, fico trancada também, enlouquecendo com os miados e choramingos, principalmente quando o cretino do Amarelo resolve aparecer e ficar miando na porta. Já deu pra perceber que eu não gosto muito dele né... Normal, geralmente as mães não aprovam as escolhas de suas filhas adolescentes.


* Esclarecimento: nossa gatinha tem Doença de Lyme, muito comum em gatos da região, e ainda está em tratamento. Uma gravidez agora já seria ruim por ser o 1o cio, e, em função da doença seria um risco para ela e para os filhotes. Se não fosse por isso, não tentaríamos interromper a possível gravidez.

domingo, 27 de julho de 2008



Essa vista nojenta aí? É no caminho de casa até o centro. 10 minutos de caminhada numa calçada inóspita, mas vale à pena, né?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Os melhores doces do mundo!

Eu amo doces. Muito mesmo.
Mas eu não gosto de qualquer um não. Se for muito doce, não gosto. Se for muito pesado, eu até como, mas não fico tão feliz.
Imaginem então a minha felicidade quando eu comi o croissant de chocolate do Bossa Café... receita original francesa, massa levíssima, cholocate delicioso, e amêndoas divinas por cima. Daqueles que a gente come e depois ainda tem certeza de que cabe mais um.
Mais feliz ainda eu fiquei quando comi a torta Bossa Café. Nem sei se eu consigo explicar... sabe aquela massa que se usa pra fazer tortinhas de fruta? Então, aquela massa, só que levíssima, com um toque de chocolate. O recheio, uma mousse mais leve ainda de chocolate amargo. Como pode uma coisa aparentemente simples ser tão tão tão maravihosa?
Eles são tão cuidadosos com o preparo e a apresentação dos doces que ontem o marido quis me fazer uma surpresa e foi lá comprar croissants. Ele teve bastante trabalho para conseguir convencê-los a vender os doces para viagem. Só conseguiu depois que se comprometeu a seguir à risca os procedimentos de aquecimento.
O grande problema disso tudo é que ainda existem os outros doces todos que eu ainda não provei e quero provar. E, bem, eles engordam, né... logo eu que nunca tive problemas com isso, estou começando a ficar preocupada. A barriguinha não me deixa esquecer que já passei dos 30, e que tudo muda quando a gente passa por esse portal.
Se fosse só o Bossa Café, tudo bem, mas a maior diversão por aqui é sair para comer... é sorveteria, é pizzaria, é restaurante, bar... para cada categoria já escolhi meu lugar preferido... haja yoga.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A história de uma gata, ao contrário...


Tudo mundo que tem mais de 30 e teve infância lembra dos Saltimbancos Trapalhões. É o melhor filme que eles já fizeram, na minha humilde opinião.

A parte que eu mais gosto é a da História de uma gata. Sempre adorei essa música.

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás


Bonitinho, né? Só que ao contrário é mais bonitinho ainda...

Aconteceu aqui em casa, semana passada.

Fomos adotados por uma gatinha.

Expulsei ela de casa umas vinte vezes. Mas ela insistia... dormia na cadeira da varanda, quando eu me distraía, lá estava ela comendo a ração do Jorge.

Eu já não tinha mais forças pra expulsar aquela fofura, pequenininha, magrela, meiguinha e faminta. E o Jorge ainda dava apoio pra ela entrar... eu tinha que ter filmado a cena dele empurrando ela pra dentro de casa... aí não deu mais... jogamos a toalha... e a partir deste fim-de-semana, temos um novo membro na família: Zélia Gattai.

Eu expliquei pra ela que, com grandes conquistas, vêm grandes responsabilidades. Que ter um lar quentinho, com comida e água fresca, e cafuné à vontade tem seu preço.

No caso, o preço é ficar trancada em casa à noite, e ser tratada por um veterinário.

Por enquanto ela está aceitando bem as condições... hoje até levou uma injeção, e continuou minha amiga...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

E viva o verde!

Na Bahia faz frio, sabiam? E chove pra caramba também. Chove muito. Pra caramba. Mesmo.
Aliás, o clima aqui é muito maluco. Em 5 minutos, o lindo céu azul fica todo nublado, e chove uma chuva de verão no inverno. Mais 5 minutos, e o céu está azul de novo. Mas nada impede que volte a chover daqui a pouco. E chove. E chove. E chove.
Já falei que aqui chove muito? Pois é. E a umidade faz tudo mofar. Casaco de couro? Mofado. Sapato de couro? Mofado. Saltos de madeira, cintos, bolsas... mofados. Tudo verdinho.
E o que se faz numa hora dessas? Minha avó certamente iria consultar a "Sebastiana quebra galho", mas eu sou uma mulher atualizada, e fui consultar o Google. Olhem as dicas que achei:

Deixe as gavetas e portas do armário abertas para circular o ar. Em locais muito úmidos, são indicados 15 minutos diários.

Bem, meus armário não têm portas. Vamos à próxima dica.

Para evitar a umidade, coloque um pedaço de giz nas gavetas. O cheiro de mofo também sumirá, após uma semana.

Eu coloquei um potinho que absorve umidade. Já acumulou 3 dedos d'água em 2 semanas. E o mofo continua lá.

Nunca armazene roupas em sacos plásticos.

Eu não faço isso.

Conclusão: o Google não está preparado para o mofo da minha casa.
Estou aqui pensando se compro o livro da Sebastiana... ou então um daqueles aparelhos eletrônicos caríssimos que acabam com a umidade, ou se faço um brechó com meus lindos sapatos, casacos e bolsas, que não combinam nadinha com essa cidade...

Corre, minha filha!

Toda 5a feira tem programão aqui no Arraial: cinema!!!

Er, quer dizer... não é assim um Cinemark, nem um Palácio, tampouco um Odeon... mas passa filmes com um projetor, e tem pipoquinha grátis.

Semana passada fomos lá conferir. Fiz questão. O filme do dia era Corra, Lola, Corra. Imperdível! Até porque ele estava há muito tempo na lista dos filmes-que-vi pela-metade-porque-passam-muito-tarde-na-TV. Impressionante como a gente não acha esse filme nas locadoras.

Mas enfim, fomos lá na Pousada Peki ver o tal do filme, exibido na recepção para uma platéia de 8 pessoas, contando com os donos da pousada. Começado o filme, a surpresa do título: Corre, Lola, corre. Já começou engraçado. Filme alemão com legenda em português de Portugal. Engraçadíssimos os xingamentos, como Putéfia!, Cabra!, e expressões como Caluda!

Ainda bem que o filme é curto: 1h30, porque o sofá não é nem um pouco confortável. Saí de lá com a bunda meio quadrada. Da próxima vez, levo uma almofada.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Arthur e a Periguete

Sexta-feira teve show do Arthur Moreira Lima no Arraial. Chique no úrtimo!
Claro que foi na praça da Igreja, né... porque tudo que acontece de importante na roça, acontece na praça da Igreja. E foi de graça, porque Arraial d'Ajuda foi a 2a cidade no caminho da turnê "Brasil Sertões" do projeto "Um piano pela estrada".
A chuva bem que tentou acabar com a nossa alegria. Duas horas antes do show caiu um pé-d'água que desanimou muita gente. E tava frio pacas. Me arrependi de não ter levado cachecol e luvas. Juro! Mesmo assim estava cheio. Quer dizer, cheio pros padrões do Arraial, porque chegamos 10 minutos antes do início, e ainda conseguimos umas cadeirinhas pra sentar. Um luxo isso, né? Imagina se no Rio ia ter um show de graça em que se pode chegar 10 minutos antes, e ainda assistir sentado com visão total do palco... nunquinha.
O show foi emocionante. Não só pela interpretação dos clássicos, mas também pelo fato de presenciar um momento em que muitas pessoas tiveram a oportunidade de assistir a um concerto pela primeira vez. Acho que o povão não gosta de música boa só porque não tem acesso. Quem tava lá parecia estar gostando muito.
Claro que sempre tem as pessoas sem-noção que se esforçam pra aparecer mais do que a estrela da noite... tinha uma senhora, coitada, que a cada intervalo levantava e gritava: "Arthur, vamo combiná... você é bom demais!!!" Amiga de infância do Arthur. Eu já tava até achando graça. Mas alguém chamou ela de chata, e ela foi embora. Se ela não podia se manifestar, o que ela ia ficar fazendo ali? Ouvir música?
Tinha também uma moça que não estava sentindo o mesmo frio que eu. A sujeita usava duas tiras de pano em forma de saia e top, e uma jaquetinha jeans pra dar um charme. Eu não teria nada com isso, se não fosse o fato de ela levantar a cada 15 minutos pra comprar cerveja, e passar com a bunda a 5cm da cara do meu marido. Acho que ela deve ter pensado que era um show de pagode. Desde quando cerveja combina com concerto? Mas o que que eu tenho com isso também, né? Considerei seriamente a hipótese de esticar o pé na frente dela, mas desisti quando imaginei a cena dela caindo no colo do marido. Não ia ser bonito isso. Lá pela 14a levantada, ela não voltou mais. Deve ter achado alguém pra apagar o fogo dela.
O final do show não poderia ter sido melhor: o Hino Nacional. Tinha uma maluca gritando pra todo mundo ficar de pé... mas acho que até ela desistiu quando percebeu que era algo assim como uma releitura. Que venham muitos shows como esse... talvez daqui a alguns anos, todos saibam se comportar como se estivessem no Theatro Municipal.

domingo, 29 de junho de 2008

Pula a fogueira Iaiá!

Tô meio atrasada pra falar desse assunto, mas vou falar assim mesmo.
Semana passada teve festa no Arraial. Vários anúncios de bandas de forró, um palco montado no campo, barraquinhas... pensei que ia curtir uma festa de São João típica do Nordeste. Mas me enganei.
Esqueci que Arraial d'Ajuda não fica no Nordeste. É um bairro do Rio. Pelo menos a festa tava igualzinha às que acontecem nas ruas do Rio nessa época, só trocando o funk pelas bandas de forró.
Eu tava doida pra comer pé-de-moleque, bolo de fubá, tomar quentão, ganhar uma prenda na barraquinha da pescaria... e nada. A coisa mais típica que tinha na festa era eu, com minha camisa xadrez.
Pra não dizer que não tinha nada, tinha um quentão ruim, e uma fogueira mixuruca. E na praça da Igreja tinha uma quadrilha da terceira idade... animadão...
Fomos pra casa dormir. Ou tentar... porque o show dos Chatos do Forró ecoou por toda a cidade nos 5 dias de festa.

Os sem-floresta

E o animal de hoje é: O Gambá! Este incompreendido.

Tem um morando no forro lá de casa. Aliás, o telhado dessa casa anda muito movimentado. Estaria tudo bem se ele se contentasse com a estadia gratuita, mas o bicho é abusado e quer pensão completa. Sei que ele está apenas tentando sobreviver neste mundo cruel, mas eu não sou o Capitão-Planeta, então, no que depender de mim, ele vai ter que continuar procurando alimento no que sobrou de mata nas redondezas.
Meu ecológico marido, no primeiro contato que teve com o bicho, achou até bonitinho ver ele comendo a ração do nosso gatinho. Mas eu não. Meu gatinho paga a ração dele com os ronronados, miados, e rolamentos fofos. O Gambá vai rolar no chão e ficar de barriga pra cima pedindo carinho? Acho que não.
Mas no segundo encontro até o marido mudou de opinião. A cena do Gambá segurando o pote de ração e rosnando para o nosso gato deixou ele furioso. Você entendeu direito. O Gambá rosnou para o nosso gato!!!
Jorge Amado, gato criado em apartamento, que nunca passou fome na vida, olhava pro Gambá curioso. nem reagiu. Acho que ele tá virando socialista. Ele sabe que dentro do armário tem um pote cheio, além de umas latinhas de atum. Então, o que que tem deixar aquele pobre sem-teto comer um pouquinho? Esse lado socialista dele está começando a nos preocupar. Outro dia era o Gato Amarelo que tava lá fazendo uma boquinha, agora o Gambá... daqui a pouco vai ter fila de bichinhos carentes na nossa porta, querendo o Sopão do Jorge Amado.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O baiano da piada

A imagem que as pessoas que moram abaixo do Espírito Santo têm dos baianos é a de que eles são muito preguiçosos. A mídia contribui. Sempre lembro de um quadro do TV Pirata em que um baiano deitado na rede puxa uma cordinha que faz descer até ele uma fatia de melancia (posso estar ficando velha, mas a memória tá boa).
Mas acho que isso não é verdade não. Tenho encontrado aqui muita gente que rala, e muito. E sempre sorrindo. Tem a Leu, que me ajuda em casa. Tem o Adauto, que é um faz-tudo-bem-feito. Tem os atendentes dos bares e restaurante, sempre eficientes. E como são caprichosos. E honestos.
Claro que já encontrei uns fura-olho por aqui. Mas isso tem em todo lugar. Espero que, como no resto do Brasil, eles continuem sendo minoria.

Família Adams

Sabe o irmão que foi alvo de inveja no post aí de baixo? Pois ele é um homem muito bom. Vejam o depoimento da esposa dele:

- Outro dia ele trouxe pra casa o dinheiro da venda de uns bois, e colocou numa sacola de papel embaixo da cama, mas não me avisou nada. No dia seguinte, fui fazer uma arrumação, e acabei jogando fora a sacola. Mas ele é um homem muito bom. Ele nem me bateu. Se fosse outro, nem sei o que seria de mim.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Chuta, que é macumba!!!

o sujeito, perguntado sobre a saúde do irmão, responde:

- Da saúde dele eu não sei. Só sei que ele está com um carro melhor do que o meu na garagem.

Eu, hein!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Que bicho é esse?


Se você, como eu, foi criado num apartamento no Rio de Janeiro, soltou pipa no ventilador, e jogou bolinha-de-gude no tapete, vai achar que é um rato.
Eu também achei quando vi um passando perto da janela do escritório. Levei um baita susto!!! O bicho era grande, metade do tamanho do Jorge, que vinha logo atrás, todo curioso. Liguei até pro marido, que é o que toda mocinha em apuros faria, mas ele não pôde vir me salvar de imediato, porque estava na balsa. E agora, quem poderá me defender? Como o Chapolin Colorado também não apareceu, fiz a única coisa que eu podia fazer pra me defender da ameaça: gritar! Mentira, eu não gritei não... até porque o danado subiu numa árvore, e sumiu no telhado do vizinho. Mas que deu vontade, deu.
Pra aliviar a tensão, fui conversar com os vizinhos. Foi aí que eu descobri que isso aí não é um rato. É um Jupatí, ou Cuíca, ou Metachirus nudicaudatus. Segundo a vizinha, ele pode ser meu amiguinho. E o Google disse que ele come insetos. Mas quer saber, eu não acredito!!! Pra mim, ele vai continuar sendo um rato feio e malvado. E se ele aparecer aqui de novo, eu grito, e subo numa cadeira.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Limbo s.m. = estado vago

Acho que esta é a palavra que me define no momento. Saí do Rio, mas ainda não cheguei de vez à Bahia.
Este último fim de semana serviu para reforçar esta sensação. Será que, se for preciso, vou me adaptar de novo ao Rio? Que cidade caótica!!! No metrô, um mar de gente, em vez de chão. Num sábado, trânsito pesado na Avenida Brasil. E que frio!!! Isso é vida? Deve ser... afinal eu vivi meus útimos 31 anos lá. E olha que eu gostava. Quer dizer, gosto. Será que gosto???
Ai Jesus! Quem mandou nascer libriana...
Estou gostando de morar numa cidade que não tem um sinal de trãnsito sequer, que não tem engarrafamento, que tem praia logo ali, e onde posso morar numa casa espaçosa, em vez de em um prédio com 220 apartamentos de 40m2.
Gosto de curtir o programão de domingo, que é esperar dar 16:30h pra ir na banca comprar o jornal que só chega às 16h e será lido na sorveteria, onde fico indecisa entre cereja e chocolate amargo x ameixa e coco, ou qualquer uma das outras mil combinações possíveis a R$3,50.
Mas queria ter a opção de ir ao shopping ou ao cinema, ou ir almoçar na casa da minha mãe, ou encontrar com os amigos, ou, ou, ou... sem ter que pegar 2 aviões e desembolsar uma pequena fortuna para isso.
Eu sei que tenho muita muita muita sorte, e nenhum motivo pra reclamar da vida. Mas quem inventou que não se pode ter tudo era uma pessoa muito chata, sem-noção, sem assunto, desocupada, feia, boba, cara-de-melão!!!
Será que não dava pra criar no Rio um bairro tipo Arraial d'Ajuda, isolado por um rio e uma balsa, com uma floresta por perto pro meu marido trabalhar? Ou será que não dava para todos os meus amigos e parentes irem morar em Arraial d'Ajuda, e abrir lá uma filial do Rio Sul??? Será que eu tô pedindo muito??? Pôxa, gente... não custa nada...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Estávamos eu e marido sentados na sala ontem de noite, assistindo o Toma Lá, Dá Cá, quando ouvimos um barulho vindo do andar de cima. Ignoramos.
Da segunda vez, não deu pra não comentar. Perguntei: "temos vizinho no andar de cima?". Ele disse: "acho que não, mas vamos lá verificar.". Decisão muito sensata, visto que moramos numa casa, e se tivesse alguém em cima, estaria no nosso quarto...
Subimos a escada com medão... ele chegou primeiro... só ouvi o "ah, não!!!". Momentos de tensão!!! Em seguida, a explicação: " a porta do quarto ficou aberta, e a janela do banheiro também..."

Pausa para a explicação matemática:
porta do quarto aberta + janela do quarto aberta = Jorge Amado no telhado.
Beleza, 11 da noite, nós dois moídos da aula de yoga, e o gatou subiu no telhado. PQP!!!
Quer dizer, ele desceu, porque ele pula pra cima do telhado do quarto de baixo. O problema é que ele não sabe pular dali de volta pra janela, e nem dali pro chão. Ele não fez esse curso.
O outro problema é que não temos em casa uma escada, pra alcaçar ele pelo beiral do telhado. Como já estamos ficando experts em tirar ele de lá, empilhamos um banquinho em cima de uma cadeira, e o marido, que é mais alto, subiu pra pegar ele.
Seria fácil, se ele quisesse descer... mas ele tava achando divertidão ficar lá. Vocês não imaginam como é difícil tirar de cima do telhado um gato que não quer descer do telhado...
Diante da dificuldade, resolvemos entrar e terminar de ver o programa, na esperança de que ele cansasse de ficar lá e colaborasse na próxima tentativa. Mas não... a noite tava bonita, tava fresquinho... ele ia descer pra quê? Nova desistência.
Confesso que nessa hora pensei em ir dormir e deixar o bicho lá, pra ver se ele aprende a não fazer mas isso. Mas meu coração de mãe falou mais alto. Pensei até em chamar os Bombeiros... desisti logo... o quartel mais próximo fica a uma balsa de distância... ia demorar pacas... isso se tivesse algum bombeiro de plantão disposto a tirar um gato do telhado àquela hora da noite. E o marido lembrou bem... não tínhamos Vono em casa pra oferecer pra eles...
Eis que o marido sugere: então eu vou subir no telhado e tirar ele de lá.
Pronto: o que eu faço com um marido e um gato em cima do telhado??? E se ele caísse de lá??? Mas como eu não tive uma idéia melhor, tive que concordar. Na hora morri de medo, mas agora lembrando posso dizer... foi engraçado ver ele compridão se contorcendo pra passar pela janelinha do banheiro... e viva a aula de yoga!!!
A partir daí foi fácil... ele pegou o gato, passou pra mim pela janela, eu pensei em fazer um churrasquinho e um tamborim com ele... mas já era tarde, fica pra próxima... pra próxima mesmo, porque não tenho dúvida de que da próxima vez que a gente esquecer a janelinha aberta, ele vai pular de novo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A morte do Superman

Tudo mundo que recebe a notícia de que mudei pra Arraial fala coisas do tipo "Ai, que inveja", ou "Vai morar no paraíso". Não vou dizer que estão errados. Corrigindo... inveja é feio, mas eu entendo o sentimento. Muitos queriam estar no meu lugar.
Mas eu queria dizer pra vocês que, apesar de a cidade ser linda, as pessoas serem muito legais , exceto minha vizinha, que não diz nem oi pra mim, O PARAÍSO TAMBÉM TEM DEFEITOS!!!
Lembrei agora do dia em que o Christofer Reeve morreu. Tinha um programa de rádio. Acho que era a Rádio Cidade, ainda. O esquema era o seguinte: um espírito-de-porco ligava pra rádio e dava o telefone de um amigo (?!). Aí os caras da Rádio inventavam um trote e ligavam pro coitado. Nesse dia foi uma criança a vítima. Foi a tia que deu o telefone (Alexandre nardoni perde...). resumindo, os caras ligaram pro garoto e disseram: "O super-homem morreu. E quer saber, agora vou falar: o coelhinho da páscoa não existe. O Papai Noel também não.".
Que crueldade, né... até hoje fico imaginando a cara da pobre criança. Deve ser parecida com a de vocês, leitores, quando digo que sim, O PARAÍSO TAMBÉM TEM DEFEITOS!!!
De vez enquando vocês vão ler aqui a respeito destes defeitos... hoje é só o começo (imaginem agora uma risada de bruxa-má-do-desenho-da-branca-de-neve... a propósito, ela ria? Senão imaginem outra gargalhada sinistra, e não me perturbem).
Enfim, o defeito do dia é: CORREIOS
Vocês já imaginaram um lugar onde o carteiro não chega? Pois então... é a minha casa. Não sei porque, mas os amarelinhos se recusam a vir aqui. E olha que eu nem tenho cachorro.
Aí vocês vão me dizer: ah, não reclama, aluga uma caixa-postal...
hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha
Eu alugaria... se tivesse. Mas não tem... Isso, meus caros, é Arraial d'Ajuda.
Um lugar onde não tem caixa-postal disponível para alugar. Quando fui comunicada deste fato, me senti no"Além da Imaginação".
Por sorte, o dono da rua em que eu moro é um cara muito legal, e recebe a correspondência de todos na caixa-postal dele. Mas infelizmente o fato de ele ser muito legal não resolve todos os meus problemas. Porque pra ele me dar minhas cartinhas, a moça do correio tem que colocar a cartinha na caixa postal dele. E A MOÇA DO CORREIO É UMA BURRA!!! Gente, como é bom escrever isso! Vou escrever de novo, espero que ela não leia, pra não se ofender... A MOÇA DO CORREIO É UMA BURRA!!!
Não é implicância minha não... fui lá outro dia, pra ver se tinha chegado uma conta que eu tinha que pagar no mesmo dia, e que não tinha chegado na caixa-postal. Falei com a moça o que queria. Aí ela pediu pra eu esperar um pouquinho. pra quem tinha ficado meia hora na fila, esperar um pouquinho não é nada. Tudo bem.
Ela tava guardando umas moedas que tavam no caixa. Só que a coleguinha dela veio atrapalhar. Pediu pra ela trocar R$10, mas aproveitar pra descontar R$3,50 que eram dela (da burra, não da coleguinha). Vocês não imaginam quanto tempo levou pra ela concluir que tinha que devolver R$6,50, e quantas notas e moedas eram necessárias pra isso. Eu tava quase me metendo, mas resolvi não falar nada pra não complicar.
Passada esta etapa, ela foi cuidar do meu problema. Perguntou meu nome, e o nome da empresa que tinha mandado a carta. Eu disse Daniele... e Klabin Segall, respectivamente. Aí ela foi procurar a carta na letra Q. Tudo bem, ela não é obrigada a saber que Klabin é com K. Mas procurar no remetente????
Respirei fundo pra não ser grossa, afinal não quero destoar das pessoas gentis daqui... tentei explicar pra ela que Klabin é com K, mas que ela deveria procurar no destinatário. Acho que ela não sabe o que é destinatário... porque ela foi procurar na letra K. Ou será que Daniele é com K??? Nova tentativa... sugeri que ela procurasse na letra D, de Daniele. Ela entendeu e foi lá. Mas não achou minha pobre cartinha.
Até hoje não recebi o diabo da carta. Ainda bem que existe internet (esse pode ser o defeito comentado no próximo post, aguardem), e consegui receber a conta pra pagar com atraso sem multa... mas fico pensando que ela deve estar lá, na agência, me esperando, junto com todas as outras cartinhas que a moça burra não acha...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Perigo na pista!

Morar em cidade pequena tem uma grande vantagem: não tem trânsito.

Não é que não tem engarrafamento, é que quase não tem carro na rua mesmo. Você pode andar alguns quilômetros sem cruzar com outros carros. Já bicicletas, pedestres e cachorros tem aos montes, sempre no meio da rua. Mas como eles geralmente não querem morrer, uma buzinada basta pra abrir o caminho.

Diante desta condição muito favorável, estava aproveitando para desenvolver minhas habilidades (?!) de motorista (?!).

Outro dia mesmo, como amanheceu chovendo, marido resolveu não ir de bicicleta pro trabalho, e teve a brilhante idéia de me pedir pra levar ele na balsa. Então tá... se ele tem essa coragem, porque* eu não vou ter?

E lá fomos nós... andamos uns 10 metros até a estrada, e eu, muito esperta, fui dar uma breve paradinha pra ver se vinha carro... vinha, dos 2 lados, e eu tava NO MEIO DA PISTA, VÉI!!!** Coitado, marido tava transparente, porque branco ele ja é naturalmente. Mas esse foi só o 1o susto.

Depois ele descobriu que eu tenho um defeito... minha mão sempre acompanha minha cabeça... isso quer dizer que se eu estiver numa reta, e olhar pra lojinha que está à esquerda, o carro vai pra esquerda... não precisa nem comentar sobre a cor do marido nessa hora, né... ele só lembra do lindo muro de hera que ele viu na frente dele.

O fato é que, coincidência ou não, no momento estou proibida de dirigir o carro. Segundo ele, o chefe proibiu, porque o carro é alugado no nome da empresa, e nenhuma pessoa que não seja funcionário da empresa pode dirigir. Sei... o chefe, né...


* eu não sei usar os porquês... quem souber, me manda as regrinhas por e-mail
** piada interna

terça-feira, 13 de maio de 2008

Medo!

Espero que o Jorge não coma o passarinho...

Os prós

Hoje almocei na varanda. Tinha um passarinho bonitinho no gramado. De uma espécie que eu sempre via na Lagoa e ficava encantada. Nunca imaginei que ia ter um desses no meu gramado. Quer dizer, eu nunca nem achei que ia ter um gramado... tá certo que o gramado não é meu, é alugado. Mas quem se importa??? Morram de inveja, mortais!!!!!!!!!!!! Tem um passarinho no meu gramado!!!!