quarta-feira, 2 de julho de 2008

Arthur e a Periguete

Sexta-feira teve show do Arthur Moreira Lima no Arraial. Chique no úrtimo!
Claro que foi na praça da Igreja, né... porque tudo que acontece de importante na roça, acontece na praça da Igreja. E foi de graça, porque Arraial d'Ajuda foi a 2a cidade no caminho da turnê "Brasil Sertões" do projeto "Um piano pela estrada".
A chuva bem que tentou acabar com a nossa alegria. Duas horas antes do show caiu um pé-d'água que desanimou muita gente. E tava frio pacas. Me arrependi de não ter levado cachecol e luvas. Juro! Mesmo assim estava cheio. Quer dizer, cheio pros padrões do Arraial, porque chegamos 10 minutos antes do início, e ainda conseguimos umas cadeirinhas pra sentar. Um luxo isso, né? Imagina se no Rio ia ter um show de graça em que se pode chegar 10 minutos antes, e ainda assistir sentado com visão total do palco... nunquinha.
O show foi emocionante. Não só pela interpretação dos clássicos, mas também pelo fato de presenciar um momento em que muitas pessoas tiveram a oportunidade de assistir a um concerto pela primeira vez. Acho que o povão não gosta de música boa só porque não tem acesso. Quem tava lá parecia estar gostando muito.
Claro que sempre tem as pessoas sem-noção que se esforçam pra aparecer mais do que a estrela da noite... tinha uma senhora, coitada, que a cada intervalo levantava e gritava: "Arthur, vamo combiná... você é bom demais!!!" Amiga de infância do Arthur. Eu já tava até achando graça. Mas alguém chamou ela de chata, e ela foi embora. Se ela não podia se manifestar, o que ela ia ficar fazendo ali? Ouvir música?
Tinha também uma moça que não estava sentindo o mesmo frio que eu. A sujeita usava duas tiras de pano em forma de saia e top, e uma jaquetinha jeans pra dar um charme. Eu não teria nada com isso, se não fosse o fato de ela levantar a cada 15 minutos pra comprar cerveja, e passar com a bunda a 5cm da cara do meu marido. Acho que ela deve ter pensado que era um show de pagode. Desde quando cerveja combina com concerto? Mas o que que eu tenho com isso também, né? Considerei seriamente a hipótese de esticar o pé na frente dela, mas desisti quando imaginei a cena dela caindo no colo do marido. Não ia ser bonito isso. Lá pela 14a levantada, ela não voltou mais. Deve ter achado alguém pra apagar o fogo dela.
O final do show não poderia ter sido melhor: o Hino Nacional. Tinha uma maluca gritando pra todo mundo ficar de pé... mas acho que até ela desistiu quando percebeu que era algo assim como uma releitura. Que venham muitos shows como esse... talvez daqui a alguns anos, todos saibam se comportar como se estivessem no Theatro Municipal.

3 comentários:

Anônimo disse...

Dani, ele usou o termo fantasia para o Hino Nacional.

Vc fica tomando conta da vida dos outros, como a inocente moça desprovida de recursos vestiários, e deixa de ver o principal.

Eu nem notei essa moça, só me toquei agora que vc falou.

E para de fazer iogurte com mel e granola da forma errada!

Anônimo disse...

Ahuiahuiahuiahuia.
Olha a chamada do marido!! rsrrs.

Como sempre, eu me divirto com seus posts!

Agora, qdo sonhar comigo e meu miléssimo namorado esquisito, vê se lembra e me conta! Rs.
Beijo.

Mari disse...

Uaaaaaauuu! Que máximo Danizinha!!
Bem que o cerrado poderia estar na rota do Arthur, hein...

Esses maridos, vou te contar! Uma vez uma mocinha de vida fácil quase se jogou em cima do meu e ele jura que não notou. Hunft!
Beijos