Nos últimos 10 dias consegui a façanha de entrar em 10 aviões!!! Teve avião de todo tipo: grande, pequeno, teco-teco, hidro-avião...
E decola, e pousa, e come barrinha de cereais, e come comidinha de avião, e assiste seriado importado...
Isso tudo porque o escritório em que trabalho foi contratado para fazer o projeto de iluminação de um shopping no Canadá... não somos podres de chiques???
E lá fui eu, passar mais horas voando do que em terra. Minha pele ressecando, dormindo pouco, e sem tempo de fazer turismo. Nem foto eu consegui tirar, porque só tive tempo de comprar uma câmera decente no último dia, quando consegui 3 horinhas para passear no centro de Toronto, arrastando minha mala.
Em Vancouver, fiquei num hotel que era um ixpetáculo, e não tive tempo nem de tomar um banho de banheira... mas claro que eu trouxe todos os creminhos e shampoos disponíveis no quarto, porque pobre adora um brinde...
Como o vôo da volta foi cancelado, ganhei uma noite no Hilton perto do aeroporto, onde fiquei apenas 5 horas, comi um sanduíche de queijo e presunto a título de jantar, e saí sem café da manhã. Ô desgraça... só assim pra eu poder me hospedar num Hilton. Como a mala teve que ficar no aeroporto, não tinha nem graça tomar um banho de banheira ali... pra colocar a mesma roupa depois?
Pra completar a epopéia, quando finalemente consegui chegar em SP, não tinha mais vôo para o Rio, e tive que dormir por lá. Infelizmente os hotéis perto do aeroporto de Guarulhos não são tão chiques quanto os do aeroporto de Toronto. Esse nem banheira tinha.
O saldo da viagem:
- 4 noites em 4 hotéis diferentes, sem nenhum banho de banheira (uma obcessão, como podem perceber)
- mais ou menos 40 horas voando e incontáveis horas de espera, e apenas 1000 milhas acumuladas no programa de fidelidade
- muitas horas enrolando a língua com meu inglês CCAA
- um voucher de 75 dólares canadenses a título de compensação pelo vôo cancelado, mas que só podem ser usados num vôo da Air Canadá. Alguém quer?
- creminhos e shampoos do hotel chique de Vancouver
- chocolatinho do hotel de Vancouver
- chocolatinhos do Free-shop para dar de lembrança
- 1 pote de creme da Body Shop jogado no lixo ao passar pelo raio X em Toronto porque eu esqueci de despachar com a bagagem
- 1 camiseta e um chapeuzinho ridículo de um time de Hóquei canadense que eu ganhei num evento que acontecia numa praça
- 1 camiseta, 1 caneca e 2 copinhos de cachaça, com ursos estampados, porque de Alce o marido ia se recusar a receber
- muito trabalho para revisar antes de sair de férias
- uma saudade enorme do marido
Apesar de tudo foi uma experiência ótima, e se alguém quiser me contratar pra fazer projetos em outros países, estou à disposição...
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
É fogo...
Ontem meu marido chegou em casa esbaforido, dizendo que tava pegando fogo numa área verde aqui perto de casa. A 1a coisa que ele fez foi ligar pros bombeiros, que informaram que já havia uma equipe no local, e outra estava a caminho.
Pra mim, já estava tudo resolvido. Os bombeiros estão lá, não preciso mais me preocupar.
Mas nããããããããão... assim ia ser fácil demais...
Eu devia saber que onde existem plantinhas em perigo, existe um engenheiro florestal disposto a salvá-las... e lá foi ele. Isso mesmo... meu marido, que não é bombeiro nem nada, foi se meter lá naquele incêndio perigoso e malvado. E ele nem perguntou minha opinião!!! Não perguntou porque sabia o que eu ia dizer, claro.
E fiquei eu, em casa, me sentindo a última das criaturas por estar sendo egoísta de não querer que meu lindo marido corresse risco para salvar as plantinhas e evitar uma tragédia maior. Afinal de contas, nós pagamos impostos para que alguém resolva isso por nós. Não precisa meu marido se arriscar... deixa os maridos-bombeiros de outras se arriscarem né...
Mas Deus é muito bom, e mandou uma chuvinha pra ajudar. Em pouco tempo ele estava de volta, imundo, cheirando a fuligem, com as mãos machucadas, e mareado pela fumaça. Nada que um bom banho e uma massagem não pudessem curar.
Fiquei impressionada de saber que vários outros corajosos (ou malucos) foram lá ajudar, inclusive crianças...
Dá vontade de matar o infeliz que provocou o incêndio ao tacar fogo num monte de lixo. O pior é que provavelmente não vai acontecer nada com ele... devia no mínimo pagar uma bela multa, e prestar serviços comunitários. Mas parece que a lei é meio burra, e exige longa prisão e pagamento de multa, aí os juízes ficam com peninha dos pobres-coitados e não fazem nada. Mas isso não tá errado não? Ou cumprem a lei, ou mudam a lei, mas deixar impune uma pessoa que cometeu um crime por pena, porque ele não tem instrução???? Ou será que eu é que tô sendo chata???
Pra mim, já estava tudo resolvido. Os bombeiros estão lá, não preciso mais me preocupar.
Mas nããããããããão... assim ia ser fácil demais...
Eu devia saber que onde existem plantinhas em perigo, existe um engenheiro florestal disposto a salvá-las... e lá foi ele. Isso mesmo... meu marido, que não é bombeiro nem nada, foi se meter lá naquele incêndio perigoso e malvado. E ele nem perguntou minha opinião!!! Não perguntou porque sabia o que eu ia dizer, claro.
E fiquei eu, em casa, me sentindo a última das criaturas por estar sendo egoísta de não querer que meu lindo marido corresse risco para salvar as plantinhas e evitar uma tragédia maior. Afinal de contas, nós pagamos impostos para que alguém resolva isso por nós. Não precisa meu marido se arriscar... deixa os maridos-bombeiros de outras se arriscarem né...
Mas Deus é muito bom, e mandou uma chuvinha pra ajudar. Em pouco tempo ele estava de volta, imundo, cheirando a fuligem, com as mãos machucadas, e mareado pela fumaça. Nada que um bom banho e uma massagem não pudessem curar.
Fiquei impressionada de saber que vários outros corajosos (ou malucos) foram lá ajudar, inclusive crianças...
Dá vontade de matar o infeliz que provocou o incêndio ao tacar fogo num monte de lixo. O pior é que provavelmente não vai acontecer nada com ele... devia no mínimo pagar uma bela multa, e prestar serviços comunitários. Mas parece que a lei é meio burra, e exige longa prisão e pagamento de multa, aí os juízes ficam com peninha dos pobres-coitados e não fazem nada. Mas isso não tá errado não? Ou cumprem a lei, ou mudam a lei, mas deixar impune uma pessoa que cometeu um crime por pena, porque ele não tem instrução???? Ou será que eu é que tô sendo chata???
terça-feira, 23 de setembro de 2008

Não é por falta de assunto que esse blog anda paradão.
E também não é porque eu entrei em ritmo de Bahia.
É só que uma crise de sinusite sem precedentes está atrapalhando a comunicação entre o Tico e o Teco, e aí fica difícil escrever alguma coisa criativa que possa agradar aos meus 2 leitores.
Por enquanto, tô assim:
E também não é porque eu entrei em ritmo de Bahia.
É só que uma crise de sinusite sem precedentes está atrapalhando a comunicação entre o Tico e o Teco, e aí fica difícil escrever alguma coisa criativa que possa agradar aos meus 2 leitores.
Por enquanto, tô assim:
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Eu quero meu heliotrópio!
Acho que todo mundo sabe que para cada ano de casamento se comemora uma boda de alguma coisa, conforme uma lista que alguém que não tinha muito o que fazer inventou.
Eu não dava muita bola não, até que uma conhecida me falou que, para ter sorte no casamento, a gente tem que dar um presente dessa tal coisa da lista pro respectivo conjuge. Colocou presente no meio, já me interessei.
No começo até que tá fácil: papel, algodão, perfume... Quero ver quando chegar no 49o aniversário. Boda de Heliotrópio.
Alguém sabe o que diabos é isso? Eu não sabia, mas perguntei pro google... é uma pedra. Nem é muito bonita não. Dizem que é boa para a circulação, e é usada em tratamentos contra a Aids.
Só quero saber onde vamos encontrar isso daqui a 47 anos para dar de presente um pro outro... Vou começar a procurar já, que é pra não correr o risco de passar a ter azar depois de tanto tempo.
Eu não dava muita bola não, até que uma conhecida me falou que, para ter sorte no casamento, a gente tem que dar um presente dessa tal coisa da lista pro respectivo conjuge. Colocou presente no meio, já me interessei.
No começo até que tá fácil: papel, algodão, perfume... Quero ver quando chegar no 49o aniversário. Boda de Heliotrópio.
Alguém sabe o que diabos é isso? Eu não sabia, mas perguntei pro google... é uma pedra. Nem é muito bonita não. Dizem que é boa para a circulação, e é usada em tratamentos contra a Aids.
Só quero saber onde vamos encontrar isso daqui a 47 anos para dar de presente um pro outro... Vou começar a procurar já, que é pra não correr o risco de passar a ter azar depois de tanto tempo.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Só pode ter sido o Ruivo Hering!

Quem revirou a lixeira em busca do pedaço de frango?
Quem fez cocô sobre a mesa da varanda da vizinha?
Quem estava cantando desafinado durante a noite?
Quem estava cantando desafinado durante a noite?
Só pode ter sido ele, o maquiavélico Gato Amarelo!
Ele é tão mau, que tenta jogar a culpa nos outros, atraindo o Malhado para junto da lixeira, e imitando o miado do Gato Emo... mas ele não nos engana.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Valha-me Nossa Senhora!
Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
(Renato Teixeira)
Hoje é feriado no Arraial. Dia da padroeira Nossa Senhora d'Ajuda.
Coisa séria. Desde o fim da semana passada a cidade recebe romeiros. Dizem que tem gente que vem à pé de outros municípios e que tem gente que vem sem ter onde ficar e toma banho no santuário. Tudo em nome da fé. E para agradecer pelos milagres alcançados, e para fazer pedidos... sei lá... sei que vem gente pacas...
O campo de aviação está irreconhecível. Barracas mil, parque de diversões, forró 24h, fogos de artifício.
Acho muito interessante essa coisa de romaria. Eu não sigo nenhuma religião, mas fico emocionada de ver as pessoas tão devotadas, mobilizadas em torno de uma imagem e de uma história.
Infelizmente não vou poder participar da procissão hoje, porque estou a caminho do Rio, mas acompanhei a mini-procissão de 4a feira passada e fiquei feliz.
Hoje é feriado no Arraial. Dia da padroeira Nossa Senhora d'Ajuda.
Coisa séria. Desde o fim da semana passada a cidade recebe romeiros. Dizem que tem gente que vem à pé de outros municípios e que tem gente que vem sem ter onde ficar e toma banho no santuário. Tudo em nome da fé. E para agradecer pelos milagres alcançados, e para fazer pedidos... sei lá... sei que vem gente pacas...
O campo de aviação está irreconhecível. Barracas mil, parque de diversões, forró 24h, fogos de artifício.
Acho muito interessante essa coisa de romaria. Eu não sigo nenhuma religião, mas fico emocionada de ver as pessoas tão devotadas, mobilizadas em torno de uma imagem e de uma história.
Infelizmente não vou poder participar da procissão hoje, porque estou a caminho do Rio, mas acompanhei a mini-procissão de 4a feira passada e fiquei feliz.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
E a culpa, de quem é?
Aqui no Arraial tinha um restaurante de comida à quilo muito bem localizado, com uma comida bem gostosa, e muito barato. O único problema é que o lugar era feio, feio, feio.
Um dia, o dono do restaurante teve uma idéia muito boa: se eu contratar um arquiteto e fizer uma reforma, ele vai ficar bonito, e eu vou faturar muito mais.
E assim ele fez. Contratou o arquiteto que fez um projeto bem bonito. Eu vi o projeto, tava bonito mesmo. O arquiteto estava empolgado, afinal, com aquela ótima localização, ia ser uma ótima vitrine pro trabalho dele. Ele até me pediu uma proposta, pra fazer uma iluminação bem legal. Mas o dono não quis me contratar não. Não estava disposto a investir muito.
O restaurante fechou por uns meses. Demoliram tudo e fizeram tudo novo. A cidade estava curiosa pra saber o que ia sair dali.
No final do mês passado, o mistério acabou. Para decepção de todos. Porque o lugar ficou feio, feio, feio, e quente.
Eu almocei lá, e não aguentei ficar dentro. Fui sentar do lado de fora, mas estava sol. O único lugar na sombra era vizinho da assadeira do frango. Foi onde eu sentei.
A sensação de todos é de que o cara gastou dinheiro à toa. Pra fazer aquilo, era melhor ter deixado como estava.
Eu, que conheço o arquiteto, e vi o projeto, sei que não era pra ser nada daquilo. O restaurante tem as janelas fixas, porque era pra ter ar-condicionado e não tem. Resultado: calor infernal. Era pra ter um pergolado e um jardim do lado de fora, e não tem. Resultado: mesas no sol. Era pra ter uma parede de pedra e um letreiro legal e não tem. Resultado: a fachada ficou feia. Toda a circulação interna funciona diferente do projetado. Quem sai como a comida cruza com quem vai pagar. Resultado: caos. Fora vários outros problemas.
O problema é que eu sei disso, o arquiteto sabe disso, mas o resto do povo todo não sabe disso. Resultado: a culpa é do arquiteto. Foi o que eu ouvi uma senhora dizer. E é o que eu acho que todos devem estar pensando. E não adianta tentar defender o arquiteto não, porque ninguém quer entender que se o projeto não é executado como deveria, não tem como ficar bom.
Azar o do arquiteto, que além de ficar deprimido com o resultado, ainda vai ficar mau falado. E sorte a minha que o cara não quis me contratar.
Um dia, o dono do restaurante teve uma idéia muito boa: se eu contratar um arquiteto e fizer uma reforma, ele vai ficar bonito, e eu vou faturar muito mais.
E assim ele fez. Contratou o arquiteto que fez um projeto bem bonito. Eu vi o projeto, tava bonito mesmo. O arquiteto estava empolgado, afinal, com aquela ótima localização, ia ser uma ótima vitrine pro trabalho dele. Ele até me pediu uma proposta, pra fazer uma iluminação bem legal. Mas o dono não quis me contratar não. Não estava disposto a investir muito.
O restaurante fechou por uns meses. Demoliram tudo e fizeram tudo novo. A cidade estava curiosa pra saber o que ia sair dali.
No final do mês passado, o mistério acabou. Para decepção de todos. Porque o lugar ficou feio, feio, feio, e quente.
Eu almocei lá, e não aguentei ficar dentro. Fui sentar do lado de fora, mas estava sol. O único lugar na sombra era vizinho da assadeira do frango. Foi onde eu sentei.
A sensação de todos é de que o cara gastou dinheiro à toa. Pra fazer aquilo, era melhor ter deixado como estava.
Eu, que conheço o arquiteto, e vi o projeto, sei que não era pra ser nada daquilo. O restaurante tem as janelas fixas, porque era pra ter ar-condicionado e não tem. Resultado: calor infernal. Era pra ter um pergolado e um jardim do lado de fora, e não tem. Resultado: mesas no sol. Era pra ter uma parede de pedra e um letreiro legal e não tem. Resultado: a fachada ficou feia. Toda a circulação interna funciona diferente do projetado. Quem sai como a comida cruza com quem vai pagar. Resultado: caos. Fora vários outros problemas.
O problema é que eu sei disso, o arquiteto sabe disso, mas o resto do povo todo não sabe disso. Resultado: a culpa é do arquiteto. Foi o que eu ouvi uma senhora dizer. E é o que eu acho que todos devem estar pensando. E não adianta tentar defender o arquiteto não, porque ninguém quer entender que se o projeto não é executado como deveria, não tem como ficar bom.
Azar o do arquiteto, que além de ficar deprimido com o resultado, ainda vai ficar mau falado. E sorte a minha que o cara não quis me contratar.
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